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quinta-feira, 5 de abril de 2018

A Lenda da Cobra Grande

A lenda da cobra grande, também chamada de "lenda da cobra grande da Amazônia" é muito popular na região norte e nordeste do país.
Esse personagem do folclore brasileiro também é conhecido pelos nomes: Cobra Honorato, Norato ou Boiuna.
Presente no imaginário de muitas pessoas, essa lenda inspirou a criação de diversas músicas, poemas e filmes.

Reza a lenda que essa cobra é gigantesca e seu habitat é as profundezas dos rios ou dos lagos. Seus olhos são luminosos e aterrorizam as pessoas que a encontram.

Origem da lenda:


A origem da cobra grande é indígena e provavelmente surgiu na região amazônica. Hoje é uma das lendas mais conhecidas entre os habitantes que vivem próximos dos rios, os chamados ribeirinhos.
Acredita-se que a cobra grande foi responsável por criar parte dos rios. Isso porque ao se rastejar ela deixava sulcos gigantescos na terra, que com o tempo, se transformaram em rios caudalosos, como o Amazonas.
A verdade é que na região existem muitas cobras imensas que medem até 10 metros de comprimento e chegam a pesar mais de 200 Kg. Destaca-se a cobra sucuri, também chamada de anaconda.

Ah quem diga que a cobra grande habita no subsolo da catedral de Itacoatiaria.

Em Belém, acredita-se que existe uma cobra grande adormecida embaixo da cidade, sendo que sua cabeça estaria sob o altar-mor da Basílica de Nazaré e o final da cauda debaixo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Os mais antigos dizem que se algum dia a cobra acordar ou mesmo tentar se mexer, a cidade toda poderá desabar. Por isso, em 1970 quando houve um tremor de terra na capital paraense falava-se que era a tal cobra que havia apenas se mexido.

No Rio Tocantins, conta-se que uma índia engravidou da Boiúna e teve duas crianças: uma menina chamada Maria e um menino chamado de Honorato. Para que ninguém soubesse da gravidez, a jovem jogou as crianças no rio na tentativa de mata-los. Porém as duas crianças sobreviveram e nas águas dos rios se criaram como cobras gigantes. Desde a infância os dois irmãos já demonstravam uma grande diferença de personalidade. Maria fazia de tudo para prejudicar os pescadores e ribeirinhos, afundando os barcos para que seus tripulantes morressem afogados.
Ao contrario da irmã Honorato sempre que sabia que ela ia atacar algum barco, tentava salvar a tripulação. As tentativas de impedir as maldades de Maria fez com que uma rivalidade surgisse entre os irmãos. Até que um dia os dois travaram uma briga mortal onde Maria foi derrotada. Assim, as águas da Amazônia e seus habitantes finalmente ficaram livres da maldade de Maria. Honorato, entendendo que já havia cumprido sua missão, desejava voltar para sua forma humana. Para isso, precisava que alguém tivesse a coragem de derramar “leite de peito” em sua boca em uma noite de luar. Feito isso, essa pessoa destemida ainda teria que provocar um sangramento na cabeça gigantesca de Honorato para que a transformação pudesse se completar. Porém ninguém tinha coragem, até que um dia um soldado do município de Cametá, no estado do Pará, conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, deixando de ser cobra d’água para viver na terra com sua família.

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