No período escravocrata aconteceu o que se chama de Sincretismo Religioso, ou seja, quando haviam nas senzalas o culto aos Orixás, os escravizados tinham que tomar muito cuidado com a fé dos escravizadores, a qual era Cristão. Para poupar a religiosidade dos Africanos, estes disfarçavam seus Orixás por meio da utilização de algum santo católico. Vejamos abaixo alguns Orixás ou Deuses Africanos mais cultuados nas Religiões de Matrizes Africanas aqui no Brasil:
Ogum ou Ogundelê (em iorubá: Ògún) é, na mitologia iorubá, o orixá ferreiro, senhor dos metais, deus da guerra, da agricultura e da tecnologia. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra.
Oxum ou Oloxum, na religião ioruba, é um orixá que reina sobre a água doce dos rios, o amor, a intimidade, a beleza, a riqueza e a diplomacia. Também é um orixá do candomblé. Oxum é dona do ouro e da nação ijexá. Tem o título de Ìyálòdè4 entre os orixás.
Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oiá.
Ewá ou Ìyá Wa. Assim como Iemanjá e Oxum, também é uma divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes.
Nanã é a mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri – um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Omulu ou Obaluaê é o orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.
Ossaim: É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de todos os Orixás através dos banhos feitos de ervas. Como as folhas estão relacionadas com a cura, Ossãim também está vinculado à medicina, por guardar escondida na sua floresta a magia da cura para todas as doenças dos homens, contida nas virtudes de todas as folhas. A cura é invocada no caso de doença, com o auxílio de Obaluaiê.
Logum Edé à filho de Oxossi e de Oxum. É mulher durante seis meses, vivendo na água, e nos outros seis meses é homem, vivendo no mato, propicia a caça e a pesca. Quando em seu aspecto feminino, veste-se com saia cor-de-rosa, usa uma coroa de metal dourado (não o Adé das rainhas), um arco e uma flecha. Com seu aspecto masculino usa capacete de metal dourado, capangas, arco e flecha ou espada. Só se veste com cores claras. Sempre acompanha na dança Oxum e Oxossi.
Ibeji é o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades gémeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos. Por serem gémeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc. Ibeji na nação Ketu, ou Vunji nas nações Angola e Congo. É o Orixá Erê, ou seja, o Orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; a sua regência está ligada à infância.
Imagem Orixás dançando
Fonte: livro mitologia geral.
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