Os Maias surgiram como civilização independente por volta do ano 2.000 e ocuparam uma ampla região na América Central onde atualmente se situam a Guatemala, o Belize e partes do sul do México, bem alcançaram o apogeu aproximadamente no ano 250 e entraram em declínio por volta do ano 900, mas seus idiomas, mitologia e cultura ainda são prevalentes na região até hoje.
A semelhança dos gregos no apogeu de sua civilização, a sociedade maia se estruturava sobre uma série de cidades-estado independentes, cada qual com seu próprio rei. Os maias construíram magníficos templos e palácios, e acredita-se que tenham tido o único sistema de escrita plenamente desenvolvido da América pré-colombiana.
A cultura maia era rica em artes, cerimônias e tradições, contudo praticavam-se sacrifícios humanos. Os maias também possuíam habilidades muito avançadas em astronomia, Matemática e agricultura.
O Fim do Mundo:
Pessoas no mundo inteiro ficaram empolgadas com a velha profecia maia de que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012, anunciada em milhares de noticiários num tom jocoso, mas ligeiramente tenso. Corria o boato de que Bugarach, uma pequena cidade montanhosa no sul da França, era um dos lugares onde as pessoas estariam seguras, e algumas até mesmo compraram passagens somente de ida para ir viver com os perplexos habitantes da região.
Os maias categorizavam as datas usando três calendários diferentes. O Haab era o calendário civil e contava com 365 dias em cada ciclo, sendo o ano dividido em dezenove meses, cada um consistindo em vinte dias, exceto por um mês de apenas cinco dias. O Tzolk`in era o calendário divino que ditava as datas das cerimônias religiosas; contava com 260 dias em cada um de seus ciclos, subdivididos em vintes seções de treze dias. O calendário final era o da Longa contagem, um calendário astronômico consistindo em ciclos de aproximadamente 7.885 dias. Ao final de cada ciclo, o mundo terminaria e recomeçaria.
Ao longo dos anos, fãs de teorias da conspiração concluíram que o fim do ciclo de Longa contagem mais recente cairia em 21 de dezembro de 2012. Embora os maias não tivessem previsto nada de tão trágico assim, seria apenas o fim de um calendário e o começo de outro, exatamente como acontece conosco a cada 1 de janeiro, espalhou-se o medo de que o fim do mundo estivesse próximo.
A associação entre Bugarach e a catástrofe foi um tanto absurda. O que começou como um boato espúrio na internet, citando a cidade como um porto seguro para o apocalipse iminente, logo se transformou em algo muito maior. O prefeito de Bugarach ousou mencionar seu status de refúgio em uma reunião do conselho municipal, anos antes da data prevista para o Armagedom, o que logo chegou ao conhecimento dos jornais locais. Assim que o fato foi divulgado nas redes de notícias do mundo inteiro, a associação foi completa.
A história ilustra o extremo poder dos mitos e das fabulações. Mesmo aqueles que fizeram piadas com o fim do mundo ainda exibiam um olhar inquieto, e os que se mudaram para a França demonstraram quão longe ainda estamos de compreender o mundo ao nosso redor, e quão prontamente nos apegamos a qualquer história elaborada que tente compreendê-lo.
Fonte: Livro A História da Mitologia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário