Translate

domingo, 8 de abril de 2018

Divindades Celtas parte 1

 Deusa Abnoba

Abnoba era a deusa celta da Floresta Negra, do parto, e de inúmeros rios. Julga-se que o rio Avon é uma variação do nome da deusa.Os romanos, que tinham um santuário dedicado a ela nas termas em Badenweiler, associaram-na à deusa Diana, chamando-a de Dianae Abnobae e Abnoba a Caçadora, dando também o seu nome a uma cidade na foz do rio Avon.Embora possa parecer que Abnoba é uma deusa menor, este não é o caso. Se assim fosse, era pouco provável que os romanos tenham construído santuários associados a ela ou associando-a com Diana.É possível que o nome Abnoba seja apenas um nome local para a área da Floresta Negra, e que esta fosse uma deusa bastante adorada por toda a Europa. Era conhecida também como Arduninna, deusa gaulesa da Lua, da caça e da Justiça, nas Ardenas, e que montou um javali para o caçar; e Devana, ou Dziewona a Deusa das florestas selvagens para os sérvios, checos e polacos, bem como por outros nomes perdido para nós. Talvez até Danu dos celtas possa estar intimamente ligado com ela.

Infelizmente, assim como as grandes florestas da Europa, a informação real sobre ela é dispersa, e diminuta estando, talvez para sempre, perdida.


 Deusa Aine

Aine: Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.

Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero. 

Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, ela é a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.

Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são por Ela rejeitados. 

Esta é uma Deusa-Fada que segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no tronco de uma árvore com flores brancas. Sempre que se sentir "perdido", faça o mesmo, chame por Aine batendo três vezes no tronco de uma árvore de flores brancas. Ela não vai tardar em ajudar.


Deusa Andrasta
Andrasta: Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo de que foi identificado com Marte (deus da guerra) romano.

Andrasta é uma Deusa guerreira da Vitória, dos Céus e das Batalhas, semelhante a Morrigan. Seu nome significa "Invencível" e quando invocada em meio a uma guerra, será uma ajuda que pode significar a vitória.
Os britânicos têm santuários dedicados à Deusa Andraste em um bosque sagrado, como nas florestas da ilha Mona (Anglessey). Ela está associada a lebre.

 Deusa Arduida

Arduina: Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a Ártemis grega. 


Deusa Arianrhod

Ela é a guardiã da "roda de prata" que circunda as estrelas, considerada símbolo do tempo e do carma. É igualmente deusa da reencarnação, da Lua Cheia dos namorados e a Grande mãe Frutuosa. 

Arianrhod aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C., como filha do deus Don e mãe dos gêmeos Lleu Llow Gyffes e Dylan.

Esta deusa é a figura primal de poder e autoridade feminina, considerada a Deusa dos Ancestrais Celtas. Vive em um reino estelar, Caer Arianrhod, na constelação Corona Borealis, com suas sacerdotisas e de lá decide o destino dos mortos, carregando-os para a Lua ou para a sua constelação.

É também uma deusa da fertilidade e de tudo que é eterno. O espírito de Arianrhod é símbolo de profecia e sonhos. Ela controla a dimensão do tempo. O viajante que a seguir deve estar com o coração e a mente aberta para seus ensinamentos. Convide-a para ajudar-lhe com dificuldades passadas e para contatar o povo das estrelas.

Na Tradição Avalônica ela corresponde ao elemento Fogo e seu chakra correspondente é o cardíaco. Já na tradição celta esta deusa apresenta três aspectos: donzela, mãe e crone, representando os três estágios da vida de uma mulher.

A Arianrhod é atribuído os poderes da coruja, que através de seus olhos vê o subconsciente da alma humana. A coruja é um pássaro nocturno que simboliza a morte, renovação, sabedoria, a magia da lua e as iniciações. 
Airmid é a Deusa da Cura dos celtas. É filha de Daincecht, avô de Lugh, e possuía quatro irmãos: Miach, Cian, Cethe e Cu.

Airmid também conhecida como Airmeith; é uma das deusas mais antigas dos Tuatha de Dannan. Senhora de grandes poderes mágicos é a Deusa da Medicina e da Cura dos celtas. Airmid é a Deusa dos encantamentos e da magia com ervas. Detém poderes sobre a cura por intermédio das ervas e suas especialidades. Conhece o uso de cada planta e é ela quem nos ensina as propriedades das ervas mágicas. É também a Guardiã da fonte da juventude eterna, com seu pai e irmão. Vinda de uma família de curadores, Airmid reflete a combinação do conhecimento pratico e mágico. Tem o poder de curar animais e humanos. Segundo as lendas, ela vivia num esconderijo entre as montanhas e teve quatro irmãos, Miach, Cian, Cethe e Cu. Airmid era uma hábil curandeira. Ao viajar com seu irmão Miach pela Irlanda, executou grandes feitos de cura.As aventuras da Deusa Airmid começam com a visita ao castelo de Nuada Argentlam, o antigo Rei dos Tuatha de Dannan.
O portão de Nuada era guardado por um porteiro, que se sentava ao lado do portão com um gato escondido em sua capa. Como o Rei o porteiro não tinha um olho. Quando Airmid e seu irmão se aproximaram do portão, ele lhes perguntou quem eram. Ao dizer que eram curandeiros, o porteiro quis saber se poderiam dar-lhe um novo olho.
Airmid e Miach concordaram e removeram um dos olhos do gato do porteiro e transplantaram para o espaço vazio onde estava o olho aleijado. A operação não foi tão bem sucedida, já que o novo olho reteve a natureza do gato. A noite ele ficava aberto a procura de ratos e durante o dia só desejava dormir. Mesmo assim, o porteiro ficou muito feliz por Ter novamente dois olhos e recomendou os dois curandeiros ao Rei Nuada.
Algum tempo depois o pai de Airmid, Dian Cecht descobriu que seu filho Miach era um curador muito mais talentoso que ele. Impossibilitado de aceitar as grandes habilidades e inteligência de seu filho, assassinou-o num ataque de inveja e loucura. Airmid chorou e lamentou a morte de seu irmão sobre a tumba, e de suas lagrimas nasceram 365 tipos de ervas diferentes.
Ela recolheu as ervas que cresciam ao redor do túmulo de seu irmão e descobriu que cada uma era a cura para uma doença. Com muito cuidado catalogou cada erva, seu uso mágico e medicinal e colocou-as em seu manto para carrega-las consigo para que assim pudesse curar as pessoas, onde quer que ela fosse, possibilitando que todos pudessem ser curados.
Dian Cecht, incapaz de se redimir, retirou as ervas do manto de Airmid e derrubou-as ao chão, misturando-as para impedir que a humanidade recebesse a cura e apreendesse os segredos da imortalidade possível por meio de seu uso.
Mesmo com esse relacionamento tenso, Airmid e Dian Cecht se uniram para curar os Tuatha de Dannan em sua luta contra os Fomorianos. Mergulhando cada guerreiro ferido na Fonte da Saúde, eles os curavam. Cada um que mergulhasse em sua fonte sagrada ficava completamente curado e podia voltar para batalha.
De acordo com as lendas, Airmid ajudava seu pai a criar a Fonte da Cura e, enquanto os Tuatha de Dannan se preparavam para a Segunda batalha de Mag Tuired, Airmid e Dian Cecht pegaram erva por erva da Irlanda e criaram a Fonte da Cura, chamada de Tropra. Airmid e seus irmãos cantaram encantamentos e cada erva colocada na fonte. Os guerreiros gravemente feridos se banhavam na fonte e então eram restabelecidos prontamente. Suas feridas mortais eram curadas a cada encantamento.
Airmid é a Senhora da Cura. Ela era a Deusa invocada pelos Celtas para auxiliar nos processos de recuperação. É considerada não só uma Deusa da Saúde, mas também da renovação, pois era uma das Guardiãs da Fonte Eterna da Juventude.
Airmid é sempre invocada para auxiliar nos processos de cura das doenças, consagração de ervas para rituais e revelação dos mistérios o reino vegetal.

Banba, Eriu e Flota:


No "Livro das Invasões" irlandês, encontramos um conto sobre a vinda dos milésios (provenientes da atual Espanha), talvez os primeiros habitantes humanos do país. Eles chegam às costas da Irlanda, guiados pelo líder Amergin, e já a encontram ocupada pelos Deuses e Deusas da Terra, os Tuatha De Danann (filhos de Dana). Tiveram então que lutar contra os poderes mágicos deste povo, mas receberam a ajuda inesperada de três deusas: Banba, Fotla e Eriu (representam a soberania da Irlanda). As três se oferecem para auxiliar, desde que seus nomes sejam preservados como o nome da ilha irlandesa. Apenas um dos nomes sobreviveu e até hoje é o nome oficial da Irlanda, Eire. Cada uma destas Deusas era casada com um rei, chamados respectivamente: MacCruill (Filho da Avelã), MacCecht (Filho do Arado) e MacGreine(Filho do Sol).
Depois de uma batalha mágica (Tailtiu), os Tuatha De Danann percebem que sua posse da terra acabou, que seu ciclo chega ao fim e eles devem entregar a terra aos recém-chegados. Eles recuam para as suas grutas, Brochs, Cairns e Sidhe, entrando na Terra, a própria terra. O Filhos de Mil, cumpriram a promessa feita às
Deusas e ainda rebatizaram-se a si próprios de "Eirann".
O ciclo de lenda dos milésios é particularmente dominado pelo ciclo de heróis, e, a partir daí, a mitologia celta torna-se mais dirigida para o masculino e acentua as façanhas dos heróis e o fragor das armas.
O ciclo anterior dos Tuatha De Danann, a que pertence Eriu, Banba e Fotla, é mais equilibrado e, evidentemente, vem de uma época em que os povos celtas estavam mais abertos ao equilíbrio entre elementos masculinos e femininos de sua alma, refletindo em sua mitologia essa característica.

Banba:

é a Deusa irlandesa da Terra, representando a terra sagrada. Ela é a esposa de MacCruill e acredita-se que seja a primeira colonizadora da Irlanda. Um dos nomes da Irlanda é "A ilha de Banba das mulheres". É ainda uma Deusa da guerra e da fertilidade.

Eriu:


é a mais antiga Deusa da Terra que representa a Irlanda é uma Rainha dos Tuatha De Danann. Como Deusa Solar, ela segura a taça dourada cheia de vinho tinto para os sucessivos reis da Irlanda. Isso significa sua união e a fertilidade do país. Uma mulher bonita e transmutadora de forma, ela pode modelar guerreiros a partir de torrões de terra. O nome poético para Irlanda, Erin, significa "a terra de Erui". Também era a Deusa que vigiava o Jardim Ocidental da Maçã da Imortalidade.


Flota: era a Deusa das Divisões das Terras.
Essas três Deusas representavam a Soberania da Irlanda.


Blodeuwedd:

  Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações. 


Boann: 

Deusa da água e da fertilidade, seu animal sagrado é a vaca branca


Branwen:

Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês. 


Brigit:

Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pelos poetas, ferreiros e pelos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no 
primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação.


Cerridwen / Ceridwen / Caridwen:

Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.


Obs: para as informações não ficarem muito longas irei postar por partes, são muitas divindades e um assunto muito grande.

Nenhum comentário:

Postar um comentário