As Histórias da Mitologia Chinesa existem há milhares de anos e narram os primórdios do povo chinês, de seus lendários líderes e da implantação de seus costumes e religião. Os mais antigos exemplos da escrita chinesa são gravações em fragmentos de ossos datando de aproximadamente 1.200 a.C. No entanto, estima-se que a mais antiga dinastia regente tenha aparecido um milênio antes, a partir do ano 2.100, época em que se acredita que a dinastia Xia Governou a Região do vale do rio Amarelo, o que Significa que as histórias e crenças que definem essa civilização teriam surgido por volta desse período.
Na cosmogonia chinesa não há um criador de todas as coisas como nas “Religiões do Livro” com um ser divino criador definido e imutável, onde uma sequência de actos seus provoca a criação de todas as coisas, tudo isto registado em livro sagrado. O espectro da “curiosidade” sobre a origem do cosmos e da humanidade na cultura chinesa vai desde a aceitação do status quo sem o questionar, passando pela crença da existência desde sempre e para sempre do Céu e da Terra (coincidindo com a visão abstencionista Budista), ou o Tao como origem na versão do Tao Te Ching, ou o mito de Pan Ku com variantes, a que se poderão associar de forma anacrónica dezenas de divindades contributivas com os seus diferentes papéis criadores.
Uma característica quase única das mitologias chinesas da criação é o facto de elas terem sido elaboradas, ou pelo menos criadas, ou absorvidas, pela religião (Taoismo, Confucionismo e Budismo) muito tardiamente. A primeira vez que surge a ideia da criação (ou que é sugerida uma cosmogonia mítica) é já no século IV a.C. no Tao Te Ching:Do caminho nasceu a unidade, da unidade nasceu a dualidade, da dualidade nasceu a trindade, desta nasceu toda a miríade de criaturas.
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